domingo, 25 de dezembro de 2011

FAMÍLIA

Cada um tem a sua e geralmente no Natal ela está reunida. Por mais que o ano tenha sido difícil, no Natal as famílias se aproximam e celebram todos juntos a vida e a esperança. Ficam de lado as diferenças e é assumida a importância que têm aqueles que estão cotidianamente ao nosso lado: pai, mãe, filhos e irmãos.
O conceito de família não se resume a pai, mãe e filhos. A família envolve laços de amor e fraternidade, compreensão, cumplicidade, apoio, segurança... Existe a família de sangue, a família de amigos, a família da igreja, do trabalho, dos estudos, enfim, de todos os grupos com os quais convivemos ao longo da nossa vida. Algumas pessoas, por algum motivo, não tem pai ou mãe, outras não tem irmãos, outras às vezes têm dois pais ou duas mães; alguns têm uma avó que é também mãe; uma mãe que é também pai; um irmão mais novo que é filho; um tio que parece irmão. O mais importante é entender que, qualquer que seja o tipo da família, ela é formada por pessoas ligadas afetivamente. Nem sempre todos se entendem. Existem brigas, desentendimento, inveja, insegurança, medo... Mas tudo isso é inevitável sempre que duas ou mais pessoas estão juntas. É preciso, então, encarar as diferenças como uma forma de complemento, pois se fossemos auto-suficientes talvez nascêssemos isolados numa ilha deserta e não no seio de uma família.
Voltando ao Natal, ele é apenas uma data. Data importantíssima que relembra a presença de Jesus Cristo no coração de todas as pessoas. Mesmo assim, apenas uma data. Se no decorrer do ano a família não é valorizada e se não aproveitamos intensamente todos os momentos para torná-los inesquecíveis, não existe noite mágica que faça a família  especial.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

COISAS SIMPLES QUE ME DÃO PRAZER

Bons amigos; um papo inteligente; andar descalço no piso gelado depois do trabalho; sentar na varanda e olhar o movimento; tomar uma (só uma) cerveja bem gelada num calor de 40 graus; tomar um chimarrão quando dói a cabeça; ler 5 páginas de um livro todo dia; abraçar meus afilhados; ser acordado pela minha mãe no domingo à uma da tarde; caminhar molhando os pés na beira da praia; sentar embaixo de uma árvore; encomendar uma pizza; comer a pizza no dia seguinte; passear no shopping; descansar num banco qualquer do shopping; assistir a final do campeonato com meu time vencedor; terminar a prestação de uma conta; entregar o tcc; tirar um 10 na prova; tomar banho de chuva; dançar com meus amigos; arrumar o meu quarto; cortar o cabelo; conversar com uma pessoa idosa; deitar no chão e olhar o céu; sentar na cama e contar a respiração; tomar chá no sofá debaixo da coberta; cinema e pipoca; visitar famílias no projeto missionário; fotografar; ser procurado por alguém para desabafar comigo; abrir a geladeira de madrugada; segurar um beija-flor nas mãos e depois soltá-lo; fazer de conta que coisas ruins não existem; rir até chorar; participar de um retiro; viajar de ônibus; conversar com meu pai e deitar no colo da minha mãe; escrever um texto; comer uma caixa de biz; procurar tradução de músicas na internet; comer frango, farofa e maionese às quintas-feiras com meus colegas do trabalho; ganhar um boné; ver uma noiva entrar na igreja; andar na montanha russa; dormir; acordar.

sábado, 27 de agosto de 2011

Uma Questão de Escolha

Tenho pensado muito no valor dos pequenos gestos e suas repercussões. Não há mágica que possa nos salvar do absurdo. O jeito é descobrir esta migalha de vida que sob as realidades insiste em permanecer. São exercícios simples... Retire a poeira de um móvel e o mundo ficará mais limpo por causa de você. É sensato pensar assim. Destrua o poder de uma calúnia, vedando a boca que tem ânsia de dizer o que a cabeça ainda não sabe, e alguém deixará de sofrer por causa de seu silêncio. Nestas estradas de tantos rostos desconhecidos é sempre bom que deixemos um espaço reservado para a calma. Preconceitos são filhos de nossos olhares apressados. O melhor é ir devagar. Que cada um cuide do que vê. Que cada um cuide do que diz. A razão é simples: o Reino de Deus pode começar ou terminar, na palavra que que escolhemos dizer. É simples..
(Padre Fábio de Melo)
"Em tudo o que eu FAÇO, colocarei tudo o que SOU."

sábado, 20 de agosto de 2011

"FALEI COMO PALHAÇO, SEM ESQUECER DA SERIEDADE DA PLATEIA QUE SORRIA"

A NOVA FORMAÇÃO DOS ESPAÇOS.

Vivemos num cenário onde a praticidade e a agilidade são imprescindíveis. Porém, nem sempre esses dois atributos contemporâneos são postos como opção na vida de cada pessoa. Sobretudo as grandes Organizações econômicas e financeiras apresentam a facilidade de se encontrar tudo num único lugar: trabalho, estudo, lazer, necessidades básicas. Num único conglomerado alguém pode morar, trabalhar, ir ao shopping e se divertir com sua família.
Trata-se de um verdadeiro isomorfismo mimético: adaptação ao meio através de uma única forma ou maneira. É natural observar sempre o mesmo tipo de pessoas caminhando pelas ruas, o mesmo tipo de organização bem sucedida, o mesmo tipo de família feliz. Alguém já se perguntou se quer realmente ser igual a todo mundo ou se deseja de fato seguir a regra da maioria?
       É preciso valorizar-se; é preciso não abrir mão da própria individualidade apenas para se adaptar e sobreviver em um meio que nem ao menos dá a certeza de ser o mais adequado para os seres humanos.
(Gilson)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Amizade verdadeira

"Se eu morrer antes de você, faça-me um favor: Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado. Se não quiser chorar, não chore. Se não conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão. Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me. Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam. Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo. Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles. Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei. Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver. E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase : ' Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!' Aí, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu. Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus. Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele. E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele. Você acredita nessas coisas ? Sim? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito. Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Eu não vou estranhar o céu . . . Sabe porque ? Porque ser seu amigo já é um pedaço dele!"

quinta-feira, 14 de julho de 2011

ANGÚSTIA.

Aparece na dor e no sofrimento. E geralmente Deus se manifesta nela. É na angústia que nos deparamos com nossa condição de impotência e fragilidade, porque pouco ou nada podemos fazer  para mudar uma situação.
Sinto-me angustiado ao ouvir alguém de coração vazio dizer que o dinheiro lhe traz felicidade; sinto-me angustiado quando falam do evangelho de Cristo apenas da boca pra fora e uma ofensa apaga o que foi dito.
Sinto-me angustiado com a injustiça disfarçada de bondade ou preocupação; com a maldade de alguns enganando os de coração puro.
Sinto-me angustiado ao ver que muitos não se revoltam, não se cansam, não se angustiam. Sinto-me angustiado todos os dias ao ver o inaceitável tornando-se banal. Fico angustiado ao assistir tv.
Angustio-me porque me aqueço, mas não tomo atitude para ajudar alguém que passa frio; porque estudo, mas não colaboro para derrubar uma mentira ou uma calúnia. Sinto-me angustiado porque falo bonito, mas coloco pouco minhas mãos à serviço.
Fico angustiado porque não faço nada; porque Deus me chama e insisto em resistir.
Agradeço todos os dias pela angústia que sinto e por Deus me ensinar com ela que preciso ser diferente.
(GIlson)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

SAUDADE

Há dentro de mim uma saudade tamanha.
Não sei de onde nem de quê.
Tira-me o sono, me inquieta e me faz ansioso por um breve encontro.
Há dentro de mim uma saudade tão forte que me torna frágil e me faz refém. Não vou a lugar algum, não falo, não faço e não penso nada que não seja voltado a este mistério que se enraizou em meu coração.
Há em mim uma saudade que me faz gostar de ouvir e consolar, que me deixa feliz por poder confortar. Uma vontade que realiza e sacia meu coração, como a chuva que cai devagar no final da tarde e madura os frutos no final da estação.
Uma saudade que me trouxe até aqui. Que me fez homem de bem. Que me fez homem de Deus. Fez-me homem  para Deus. Uma saudade em mim que é Deus.
(Gilson)

domingo, 22 de maio de 2011

“MESMO QUE VOCÊ NÃO ESTEJA FELIZ, QUEM ESTIVER PERTO DE VOCÊ ESTARÁ”

Aprendi isto ontem de uma amiga. Dei-me conta do quanto a minha vida tem valor e de como ela é importante pra muita gente.
As atitudes do dia a dia conduzem nossa história a um lugar inimaginável. Sem que percebamos, a forma como tratamos as pessoas, o respeito que temos, a atenção que dispensamos e o afeto que transmitimos fazem com que, no presente, sejamos pessoas mais felizes e no futuro, alguém especial e significativo. No futuro, quando você não estiver bem, muita gente estará disposta a estender a mão e ajudar. Assim é a vida: uma constante troca entre os bons. Troca de experiências, favores, amizade, gentilezas... Retribuição.
            A condição de hoje é fruto das ações de ontem. A felicidade se constrói aos poucos, todos os dias e nunca se faz sozinha.
(Gilson)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

DECISÃO

Decidir é optar por algo melhor. Isto gera tensão, medo, dúvida, angústia, insônia... Mas no final alivia e tranquiliza a alma.
Optar entre duas coisas boas. Abrir mão daquilo que é bom, por aquilo que é ainda melhor. Deixar o bom para querer o BEM. Poucos entendem, poucos fazem. Não importa. É preciso coragem e persistência!
Às vezes seria melhor sumir, esquecer, deixar a vida passar. Mas seria apenas ilusão. A vida exige sempre uma decisão. Cedo ou tarde, mas é fato. Decidir é apostar; é guiar-se por uma pequena chama que ilumina quase nada e não dá garantia alguma de visão e que, ainda assim, é o que de mais íntimo e verdadeiro se pode sentir.
A maior decisão, porém, é escolher aumentar e propagar esta pequena chama que nasce no coração.

(Gilson)

sábado, 23 de abril de 2011

Eu hoje retornei de viagem.

Muito agradável, na companhia de pessoas que eu amo. Visitei lugares e pessoas significativas para meus pais. Conheci-os um pouco melhor.
Conhecer, aprender. Esta viagem me fez entender que o simples fato de observar pode ser uma fonte riquíssima de aprendizado. Cada vez que eu observo, aprendo algo de novo. Cada vez que eu observo a mesma coisa, aprendo algo de novo. Percebi que o que me faz aprender não é apenas me dizer algo, mas é este algo fazer sentido para mim. Observar pessoas, seus gestos e atitudes; observar acontecimentos e seus motivos; simplesmente observar o mundo e sua dinâmica. Notei que estando atento, tudo faz sentido e tem um por que.
Preciso aperfeiçoar esta arte da observação. Preciso aprender a observar, contemplar, olhar o mundo com um olhar desinteressado e ao mesmo tempo preocupado e cuidadoso. Lendo livros eu aprendo, mas lendo o mundo eu me descubro.
(Gilson)

sábado, 16 de abril de 2011

"Você sempre saberá a resposta em seu coração"

Não lembro exatamente quem é o autor desta frase, mas faz algum tempo que a tenho como uma de minhas máximas.
Alguns acontecimentos estão me fazendo entender que existe algo dentro de mim que funciona como um farol em noite escura. Mesmo sem ter certeza de nada, mesmo sem enxergar o tamanho real dos desafios, às vezes me vejo lá na frente numa única condição
Quando me decepciono ou me frustro, geralmente eu já sabia que passaria por isso, mas a vontade de querer ser melhor, de superar meus próprios limites e de provar para mim mesmo que eu posso ser o que quiser, me fazem cometer um grande erro: pensar que qualquer opção que eu tome, por mais bem intencionada que seja, me realizará como ser humano. Ninguém se realiza com "qualquer opção". Na vida, em cada vida, existe uma única opção que pode dar sentido pleno.
Eu diria ainda que nem seja, de fato, uma opção. Está muito mais para uma "acolhida sincera" daquilo que aparece como necessário e essencial para a auto-realização. Com certeza esta necessidade não é mesma para todas as pessoas. Por isso é que somente um coração aberto e atento é capaz de enxergar na obscuridade aquilo que traz luz e dá sentido
(Gilson)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

EDUCAÇÃO E VIDA !

E há quem diga que educação não resolve os problemas do mundo (mas de longe ainda é a melhor opção).
Se um menino do Rio tivesse recebido o que é seu por direito (educação), vários outros ainda teriam VIDA; ainda estariam a caminho de provar que a educação não muda o mundo, mas muda as pessoas. E toda pessoa é    capaz de mudar uma parte do mundo se quiser.
Dizer que é um fato lamentável ajuda a aliviar o sentimento de tristeza e indignação que sentimos. Mesmo assim, não nos exime da responsabilidade que tivemos pela tragédia: responsabilidade pelo comodismo, pela indiferença social, pela banalização de tudo o que distorce a VIDA e seus valores. Mas esta é uma responsabilidade mínima, entendida pela nossa pequenez de seres humanos (entendida, não justificada). Maior, porém, a responsabilidade de quem está a nossa frente para nos defender e pensar naquilo que verdadeiramente precisamos para continuar vivendo (há muito "sobrevivemos", puxados por algumas ações que nem se quer são dignas de um ser humano).
Educar, sim, para a VIDA! Educar, sim, para o AMOR!
Esta é uma ação que não começa na sala de aula, mas em qualquer lugar em que você esteja.
(Gilson)

sábado, 2 de abril de 2011

Cansei! (parte 3)

Por fim, cansei da hipocrisia, da aparência, do “ter que aparecer de alguma forma”. Cansei de pessoas com a mente pequena. Não de inteligência pequena, mas de ideias e sonhos pequenos. Cansei de quem passa o mês no cafezinho grátis e pãozinho da esquina para usar (e mostrar) o tênis novo. Cansei de quem não quer crescer. Cansei de quem se acha o dono da verdade e não aceita opiniões diversas, mesmo que totalmente malucas (a distância entre maluquice e genialidade é mínima. Eu diria que é uma questão de confiança).
Simplesmente cansei. Sorte a minha é que uma boa noite de sono liberta a alma e que amanhã a vida recomeça.
(Gilson)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Cansei! (parte 2)

Cansei da política (melhor, de alguns políticos; melhor ainda, cansei da maioria dos políticos). Esquece. Na verdade cansei da forma como a política brasileira é conduzida. Alguns até tentam me convencer que este é o melhor cenário desde a Proclamação da República, mas não cola. Isto só convence, como diria Platão, a quem ainda não abriu os olhos e vive na caverna.
O menino (povo) brasileiro tem um prêmio (de consolação) por comportar-se bem e não questionar as regras impostas pelos pais (governo). Conformismo. Assistencialismo. Quem governa e decide (os empresários) desenvolve, via de regra, o clientelismo (ajude-me que eu te ajudo) e a corrupção. Todo bem-estar dispensado ao povo tem uma segunda intenção. Veja nosso 13º, por exemplo (um, de muitos exemplos): Que maravilha! Trabalhamos o ano todo, fomos bons, aceitamos todas as regras (por falta de opção). Realmente merecemos um prêmio. Este prêmio seria muito mais aproveitado se fosse distribuído ao longo do ano, reajustando nossos salários. Mas aí, de onde viria dinheiro para pagar o vasto período de férias (mais ou menos entre finados e carnaval) de nossos bondosos políticos? Pagamos impostos sobre o 13º também. E alguém (político) o recebe. Ai, ai. Cansei. Recuso-me a continuar falando deste tema.
(Gilson)

Cansei! Queria dizer o contrário: que estou disposto, animado, que as coisas vão bem, mas não é verdade.

Cansei de tanto cinismo, intolerância e superficialidade. Cansei de tanta injustiça, falcatruas e exploração. Cansei da indexação: “vamos controlar a inflação.”; “vamos corrigir a desvalorização do nosso dinheiro”. Besteira tudo isso! Pagamos outra vez por aquilo que já gastamos. Pagamos até por aquilo que ainda gastaremos. As tarifas são reajustadas conforme o índice de inflação do ano passado mais a inflação atual, que serve como base para os cálculos da indexação do próximo ano. Tarifa sobre tarifa. Isto é automático. E tudo que é automático torna-se um hábito. Por sorte a indexação permite também o reajuste anual do nosso salário (rsrsrsrsrsr).
(Gilson)

quarta-feira, 30 de março de 2011

UMA ESCOLHA

Uma escolha, às vezes, é apenas uma escolha. Quando você quer.
Todas as escolhas vêm acompanhadas de conseqüências; por isso é que toda opção deve ser assumida com discernimento, responsabilidade e coragem. Mesmo quando você não sabe aonde vai parar, o fato é que ainda assim é melhor ir do que ficar parado. O ponto final (ou quem sabe apenas a primeira de muitas paradas) pode ser inimaginável, tanto prazeroso, bonito e agradável, quanto doloroso, horrível e angustiante. Não fosse essa dúvida de onde chegar, também não haveria escolha. Determinismo talvez.
A banalidade de certas opções ás vezes esconde as mudanças significativas que podem ocorrer na vida. Um sim – ou um não – no momento errado ou uma atitude precipitada podem representar o início de uma trajetória totalmente diferente.
Não há como fugir deste fato: todos os momentos vividos são feitos de escolhas, sejam elas simples ou mais complexas. Somos humanos e livres. Acordamos e vemos pela janela um mundo que é o mesmo sempre (quem sabe com uma ou outra coisa que mudou de lugar, mas não de essência). Mesmo assim, nunca sabemos como agir exatamente em cada acontecimento. O mundo é o mesmo. Nossas escolhas é que são imprevisíveis, porque infinitas.
Esta incerteza me atrai tanto! Ela me deixa ser o autor de minha própria história. E ao mesmo tempo me assusta por não me definir um porto seguro no qual posso repousar.
(Gilson)

domingo, 27 de março de 2011

"É preciso amor para pulsar; é preciso paz para sorrir; é preciso chuva para florir (...)
(...) Cada um de nós compõem a sua história e cada ser carrega em si o dom de ser capaz e ser feliz"

sábado, 26 de março de 2011

SOU LOUCO?


Li ainda há pouco o que um grande amigo escreveu e fiquei confuso: “A vida pura e simplesmente não é bonita, bonitos são os sentimentos que usamos em nosso dia a dia, (...) porque bonito é dar esperanças, dividir dúvidas, multiplicar afetos, provocar sorrisos e Amar” (ROCHA, Waldyr. 2011). Sendo assim, então acho que sou louco! (mas o meu amigo também é).
Acho que sou louco porque se beleza for o que ele afirmou (e eu acho que é), vivo fora da realidade que a maioria das pessoas vive. Pra muita gente, beleza é não ter defeitos físicos; é ter um corpo escultural, o rosto sempre jovem e roupas da mesma forma bonitas, para que todo mundo veja e perceba (a roupa e a pessoa).
Também fiquei confuso porque embaralhei minha definição de beleza. Ela é o que eu vejo e me agrada ou que eu sinto e a transformação que isto causa nas outras pessoas? A primeira forma é tão superficial e me parece vir sempre “cheia de um grande vazio interior”. Já a segunda, exige um olhar bem aguçado para ser percebida, só encontrado, ultimamente, em loucos como nós.
(Gilson)

quinta-feira, 24 de março de 2011

O SENTIDO

E se o sentido for não ter sentido?

É possível, pois o que torna a  vida - pelo menos a minha - tão emocionante é a tensão sufocante pela busca de algo que me realize. Se descobrisse qualquer coisa que me completasse por inteiro, talvez perdesse o encanto por viver. O que faria eu se já soubesse de antemão quem eu seria, aonde eu chegaria ou com quem eu estaria?
Vida é justamente esse não saber pra onde ir. É estar constantemente em dúvida, dividido entre o certo e o errado, o bem e o mal, justamente por não se ter claro o que seja o certo e o errado ou o bem e o mal. Viver é não ter limites, certezas e medo de desafios. Viver é amar incondicionalmente qualquer coisa ou pessoa. A retribuição deste amor é apenas um bônus, uma graça.
Viver é aproveitar, curtir, amar, sorrir, sem esperar que alguém lhe diga se está ou não no caminho certo. Pois não há caminho certo. Há apenas “o meu caminho”, aquele que eu descubro e desbravo ao acordar todos os dias.

quarta-feira, 16 de março de 2011

O QUE NOS FALTA


O que nos falta quando temos tudo? Perceber que a vida é caminhar em direção a algo. Mas apenas caminhar, sem necessariamente chegar.
Falta perceber que “ter tudo” é apenas uma sensação aparente. Naturalmente que é do homem viver em busca da realização. E isso é belo: saber que existe uma realização, um sentido a ser buscado. É isso que faz a diferença: perceber na falta, na necessidade, uma possibilidade real de encontro e de posse. De conquista.
(Gilson)

domingo, 13 de março de 2011

SIMPATIA.

SIMPATIA. Apenas se sente. Ponto.
Tente explicar porque você se identifica mais com uma pessoa do que com outra; por que o primeiro encontro pode significar uma grande amizade ou uma incompatibilidade eterna. Tente.
Entre algumas pessoas existe uma relação que dispensa qualquer forma de explicação. Elas sentem as mesmas emoções, se compreendem através de um simples olhar ou sorriso e sabem com certeza, sem ter que conferir, que tudo isto é verdadeiro. É dessas coisas que na vida a gente não escolhe. E como é bom saber que alguém mais sente exatamente a mesma coisa que você em certos momentos!
(Gilson)

FALAR DE AMOR.

É possível? Creio que sim, mas só se for de coração aberto pra aceitar que o amor não segue a mesma lógica dos outros assuntos. Para o amor não existem provas, raciocínios ou argumentos. Apenas fatos.
O amor se vive. Sente-se. Pura e simplesmente.
Desperta aos poucos. Ou surge repentinamente.
Um amor de verdade é sereno e tranqüiliza a alma. Pode ser avassalador sem deixar de dar prazer.
Pode durar um dia, um mês ou uma vida inteira. Também apenas um segundo. E quando acaba, pode ser que seja apenas para recomeçar maior ainda. Há quem se torture por muito tempo para não ver a pessoa amada sofrer. Mas há também quem atormente a pessoa amada a vida inteira por causa do amor.
E o que dizer quando você ama justamente quem não queria amar? E quando ama quem não devia? Há alguém que não mereça ser amado? Podemos escolher a quem amar?
Faz-me falta um “amorologo”. Alguém que estude o amor e que me passe todas as respostas. Enquanto isso tenho que ser um autodidata.
(Gilson)

PRECISO DE UM ALENTO

Algo que para mim valha a pena. Vou vivendo. Espero não me arrepender. Afinal, ninguém me deu a fórmula. (Gilson)

sábado, 12 de março de 2011

HÁ MOMENTOS

na vida em que a vida inteira parece não ter sentido algum. Deparei-me com um desses momentos ontem. Foi um encontro. Um encontro casual, o qual não realizaria se tivesse escolha.
Vínhamos de direções opostas e de longe o avistei: jovem, sem rumo, desesperado. Por incrível que pareça, não o conhecia. Por um instante preferi não tê-lo percebido, mas sua angústia me fez refém e fui obrigado a ir ao seu encontro. Eu tentei, mas não trocamos palavras; seus pensamentos estavam em algum lugar que imaginei muito sofrido e distante. Ele não respondia a nada que lhe perguntava. Mesmo assim nos entendemos. Percebi logo que a morte de seu pai era um momento para o qual ele não estava preparado. Foi aí que as palavras faltaram também a mim. Será que alguém está preparado para a perda de uma pessoa tão significativa? Será que existe alguma forma de preparação?
Levanteio-o e o entreguei a quem veio buscá-lo. Continuamos todos na mesma direção. Eu, apenas observando seus passos arrastados. Não fosse os ombros e braços daquele que veio ao seu encontro, não teria ele condições de chegar a casa.
Da janela da minha casa eu via a sua. Todos os dias. No entanto, foi necessário um dos piores dias de sua vida para nos conhecer. Não trocamos uma frase sequer, porém jamais o esquecerei. Mesmo porque agora sei onde mora e posso ir ao seu encontro.

PENSEI EM ESCREVER

Não sei bem o quê, mas é bom que se escreva. Gosto de pessoas, de seus comportamentos e de tratá-las bem. Gosto de mim, de me conhecer e ser melhor.
            Para aprender a escrever, faço uma coisa: leio. E além da escrita, aprendo outra coisa : a maneira como algumas pessoas enxergam a sua realidade. Descubro ideias novas, percebo pontos de vista diferentes, vejo em cada escritor aquele que é o “seu” pensamento, a “sua” forma de ver, analisar, julgar, agir e de ser. Não para me apropriar de suas opiniões, mas para continuar a busca por um sentido , caso haja algum.
            Tenho minhas experiências próprias, minhas percepções, meus valores, minhas crenças e até meu “sexto sentido”, mas isto tudo não me preenche, não me revela um sentido. Sei que outras pessoas têm outras experiências, outros valores e crenças e me pergunto se alguma delas possui um sentido que satisfaça tal necessidade tão intrínseca. Meu “sexto sentido” me diz que, de alguma forma, este sentido pelo qual tenho curiosidade compreende a vida de outras pessoas.
Compreendo isso no mínimo como complexo, pois o que tem a ver a minha vida, a minha realização, o meu sentido com a vida de outras pessoas? Claro que convivo, que me relaciono e que dependo delas, mas no fim, ninguém vive e se realiza no meu lugar. É exatamente este o ponto. O “meu sentido” depende de outras pessoas. Será?
           Mas enquanto tiver dúvidas serei feliz. Pelo menos tenho a capacidade de procurar pela resposta. Se não encontrá-la, me contento em fazer uma boa síntese do que aprender. E para passar o tempo enquanto procuro, decidi escrever. Vai que alguém encontre em meus escritos aquilo que procuro através da leitura.