sábado, 14 de janeiro de 2012

A DIFERENÇA DESORGANIZA

           A diferença desorganiza. Talvez por isso muitas pessoas prefiram sempre mais do mesmo: por medo da mudança ou por medo de encarar as diferenças. Ás vezes é mais fácil não se abrir para o novo, não se desacomodar, não sair da rotina. É prático assim.
            Aceitar e respeitar as diferenças é para os fortes e corajosos, para aqueles que não têm preguiça e não temem a bagunça, o caos e a insegurança.  Eu tenho uma teoria para o desrespeito com as diferenças: a falta de educação. Não somos educados como deveríamos. Nossos pais não foram; nossos professores não colaboram (verdade seja dita: alguns se esforçam, sim); a TV muito menos e os políticos, bem, para esses falta educação em tudo, inclusive para a arte de governar.
            Não me foi surpresa a notícia de que o Brasil ganhou uma posição no ranking das maiores economias do planeta. Basta acompanharmos os fatos que movem o mundo para perceber que é a hora do Brasil. Para uma sociedade que quer mais do mesmo e que preza pelo individualismo, isto é suficiente, pois mantém o status quo. Para aqueles que querem algo diferente, mesmo que signifique incômodo e abalo nas estruturas, é preciso ainda educação, saúde, solidariedade e justiça (incluindo aqui o fim da corrupção).
            A diferença incomoda, desestrutura e desorganiza, mas também melhora, soma, acrescenta, progride, ensina. A questão fundamental não é a diferença, mas o tipo de pessoa que você é e a forma como encara a diferença, pois na vida tudo é diferente e relativo; tudo pode ou não pode. A única constância mesmo é a mudança.

            Filosofar é preciso? Sim
            Amar é preciso? Sim
            Ter uma família é preciso? Também
            Conhecer, rezar, trabalhar? É preciso? Sim, é preciso.
            Chorar é preciso? Talvez seja
            É preciso fazer tudo o que dê vontade e não te mal-trate.
            O que é mais preciso ainda, é exatamente o que diz a música:
            “É preciso saber viver!”

O BOM PROFISSIONAL


Estive pensando no que escrever sobre ele e descobri que, antes de tudo, preciso assumir uma postura: ou eu escrevo como patrão ou como empregado. As duas visões são sempre diferentes. Pois bem, patrão eu nunca fui, logo fica muito fácil escrever a partir da ótica do empregado que sou.
Tenho três parâmetros que me permitem falar sobre profissionalismo: a postura que eu mesmo mantenho no meu trabalho; as ações que eu observo nos profissionais que trabalham comigo e o referencial teórico encontrado em pesquisas diversas. Este último geralmente é elaborado a partir da ótica de chefes e não tanto de empregados.
Uma empresa, ou um chefe, para afirmar que é neutra na relação chefia-empregados precisa ter uma visão bastante moderna desta relação. Confesso que não me recordo de um exemplo para citar no momento. Em geral os empregados têm a visão de que um bom profissional é aquele que cumpre os horários, não falta com freqüência e cumpre as metas propostas pela empresa. A empresa e os chefes por sua vez, esperam, além disto, que o bom profissional também apresente características como dinamismo, versatilidade, proatividade, criatividade e que compartilhe dos mesmos valores que a própria empresa.
            Tudo isto é correto. Porém, nesta lógica singular que tem o mercado de trabalho, creio que as coisas deveriam ser bem ponderadas. O “vestir a camisa da empresa” que todos falam é um exemplo clássico. Ela deve ser usada enquanto se está trabalhando. Existem empresas que esquecem que seus funcionários têm vida particular, família e outros tipos de interesse fora delas e que isto não atrapalha absolutamente em nada o desempenho profissional. Pelo contrário, quanto mais equilibrada todas as dimensões da vida, melhores são os resultados no trabalho.
Deixar de pensar apenas em si mesma e valorizar a pessoa do profissional faz bem para a empresa. Encarar a carreira com profissionalismo, colaborando ao máximo com a empresa faz bem para o profissional.
            Para concluir, diria ainda que o bom profissional seja sempre aquele que é visto como colaborador e valorizado na sua individualidade. Quanto ao mal profissional, não se preocupem: ele é apenas um número, pois é sempre tratado como “mais um na empresa”.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O INÍCIO DE CADA ANO (Projeto de vida)

O início de cada ano é sempre data propícia para organizar a vida. Em todos os seus aspectos: família, trabalho, sonhos, relacionamentos.
A ideia de recomeço traz consigo a sensação prazerosa de esperança e de felicidade, assim como sentimos ao ver um recém-nascido. Uma vida nova é sempre promessa de bondade, pois toda pessoa carrega em si o dom da bondade. Mais: a bondade só se realiza através dos seres humanos.
Falei em ideia e sensação, todavia trata-se de uma oportunidade bem real: o inicio de um novo ano é o momento para se pensar na realização de coisas boas, aproveitando que todo o nosso ser se encontra aberto para a vida, para o recomeço.
Para tornar real o que pensamos é preciso primeiro a audácia para assumir que podemos tudo. Depois, ter claro um projeto de vida, com ênfase na clareza e não tanto no projeto, desde que ele envolva verdadeiramente a própria vida. Todo projeto de vida se inicia de um jeito simples: perguntando a si mesmo “O que eu quero este ano?”. O que eu quero este ano no meu trabalho; o que eu quero este ano na minha família, no meu relacionamento afetivo... O que eu quero este ano pra mim? Isto passará a ser um objetivo.
Depois é preciso procurar a resposta. Pode ser que seja apenas uma coisa, como pode ser que sejam duas ou três, ou mesmo inúmeras. O ideal é que sejam poucas, pois a simplicidade é sempre uma virtude e garantia de satisfação.
É importante ainda pontuar ações que colaborem para o alcance do objetivo proposto e prazos para realizá-las. Algumas coisas só acontecem quando estão no papel e coladas na parede. No final do ano é necessário parar e avaliar a realização, ou não, daquilo que foi proposto. Na medida em que se acostuma com este processo, é possível pensar em dois, três, cinco, dez anos futuros. 
Mas a vida não cabe num projeto, por melhor que ele seja. A vida é sempre dinâmica e imune a previsões. Às vezes, por mais que tentemos acertar, as coisas darão erradas, pois a vida também é complexa e cheia de detalhes que escapam aos nossos planos e nos fazem cegos diante do amanhã. E como isto é bom! Caso contrário, não teríamos aquela sensação tão prazerosa chamada esperança.