Estive pensando no que escrever sobre ele e descobri que, antes
de tudo, preciso assumir uma postura: ou eu escrevo como patrão ou como
empregado. As duas visões são sempre diferentes. Pois bem, patrão eu nunca fui, logo fica muito fácil escrever a partir da ótica
do empregado que sou.
Tenho três parâmetros que me permitem falar sobre
profissionalismo: a postura que eu mesmo mantenho no meu trabalho; as ações que
eu observo nos profissionais que trabalham comigo e o referencial teórico encontrado
em pesquisas diversas. Este último geralmente é elaborado a partir da ótica de
chefes e não tanto de empregados.
Uma empresa, ou um chefe, para afirmar que é neutra na relação
chefia-empregados precisa ter uma visão bastante moderna desta relação. Confesso
que não me recordo de um exemplo para citar no momento. Em geral os empregados
têm a visão de que um bom profissional é aquele que cumpre os horários, não falta
com freqüência e cumpre as metas propostas pela empresa. A empresa e os chefes
por sua vez, esperam, além disto, que o bom profissional também apresente características
como dinamismo, versatilidade, proatividade, criatividade e que compartilhe dos
mesmos valores que a própria empresa.
Tudo isto é correto. Porém, nesta lógica
singular que tem o mercado de trabalho, creio que as coisas deveriam ser bem
ponderadas. O “vestir a camisa da empresa” que todos falam é um exemplo clássico.
Ela deve ser usada enquanto se está trabalhando. Existem empresas que esquecem
que seus funcionários têm vida particular, família e outros tipos de interesse
fora delas e que isto não atrapalha absolutamente em nada o desempenho
profissional. Pelo contrário, quanto mais equilibrada todas as dimensões da
vida, melhores são os resultados no trabalho.
Deixar de pensar apenas em si mesma e valorizar a pessoa do
profissional faz bem para a empresa. Encarar a carreira com profissionalismo,
colaborando ao máximo com a empresa faz bem para o profissional.
Para concluir, diria ainda que o bom
profissional seja sempre aquele que é visto como colaborador e valorizado na
sua individualidade. Quanto ao mal profissional, não se preocupem: ele é apenas
um número, pois é sempre tratado como “mais um na empresa”.
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