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PENSEI EM ESCREVER

Não sei bem o quê, mas é bom que se escreva. Gosto de pessoas, de seus comportamentos e de tratá-las bem. Gosto de mim, de me conhecer e ser melhor.
            Para aprender a escrever, faço uma coisa: leio. E além da escrita, aprendo outra coisa : a maneira como algumas pessoas enxergam a sua realidade. Descubro ideias novas, percebo pontos de vista diferentes, vejo em cada escritor aquele que é o “seu” pensamento, a “sua” forma de ver, analisar, julgar, agir e de ser. Não para me apropriar de suas opiniões, mas para continuar a busca por um sentido , caso haja algum.
            Tenho minhas experiências próprias, minhas percepções, meus valores, minhas crenças e até meu “sexto sentido”, mas isto tudo não me preenche, não me revela um sentido. Sei que outras pessoas têm outras experiências, outros valores e crenças e me pergunto se alguma delas possui um sentido que satisfaça tal necessidade tão intrínseca. Meu “sexto sentido” me diz que, de alguma forma, este sentido pelo qual tenho curiosidade compreende a vida de outras pessoas.
Compreendo isso no mínimo como complexo, pois o que tem a ver a minha vida, a minha realização, o meu sentido com a vida de outras pessoas? Claro que convivo, que me relaciono e que dependo delas, mas no fim, ninguém vive e se realiza no meu lugar. É exatamente este o ponto. O “meu sentido” depende de outras pessoas. Será?
           Mas enquanto tiver dúvidas serei feliz. Pelo menos tenho a capacidade de procurar pela resposta. Se não encontrá-la, me contento em fazer uma boa síntese do que aprender. E para passar o tempo enquanto procuro, decidi escrever. Vai que alguém encontre em meus escritos aquilo que procuro através da leitura.

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